1964

Colégio Santa Maria

institucional

Local: São Paulo/SP
Área do Terreno: 180.000m²
Área Construída: 2.700m²
Autores: Plinio Croce, Roberto Aflalo e Gian Carlo Gasperini

Em 1964, pouco depois de começar os trabalhos para o futuro Colégio Visconde de Porto Seguro, surgiu para o escritório mais uma oportunidade de incursão na área educação: os prédios do ensino infantil do Colégio Santa Maria, na zona sul de São Paulo. Tratava-se da expansão da escola, que desde 1956 já funcionava do outro lado da rua e contava com parte importante da infraestrutura necessária, como as instalações esportivas. Por esse motivo, o programa se ateve às salas de aula, área administrativa e biblioteca, funções organizadas em três patamares que acompanham as curvas de nível do lote em declive e se interligam por meio de uma circulação central. Este desenho se insere em uma fase na qual o trio de sócios se debruçava sobre o estudo de soluções modulares adaptáveis à topografia – neste caso, o módulo adotado possui cobertura de duas águas, formada por delgadas lajes de concreto com uma leve inclinação e protegida por telhas de fibrocimento. Vigas-calha de concreto unem os módulos, ao passo que também atuam como grandes beirais para proteger o interior das classes da incidência direta de sol. As lajes foram mantidas aparentes, enquanto o forro recebeu lambri pintado de branco (que amplifica a iluminação natural) e o restante da estrutura foi revestido de tijolinho. A opção por este material, solução bastante comum na época, se justificou pela baixa manutenção – apenas impermeabilização e limpeza. As coberturas sutis, quase planas, e o escalonamento dos módulos no terreno decorrem da influência da arquitetura de Frank Lloyd Wright. Na leitura atual de Roberto Aflalo Filho, a proposta, embora tenha se embasado em princípios muito simples, resulta em um conjunto bastante agradável. Tanto que se mantém íntegro até hoje, com poucas adaptações realizadas – a maioria em função da adequação às normas de acessibilidade, como a instalação de rampas e plataformas elevatórias.

Colaboradores:
      Texto: Marianne Wenzel

Plantas e cortes: download PDF

1964

Colégio Santa Maria

institucional

Local: São Paulo/SP
Área do Terreno: 180.000
Área Construída: 2.700
Autores: Plinio Croce, Roberto Aflalo e Gian Carlo Gasperini

Em 1964, pouco depois de começar os trabalhos para o futuro Colégio Visconde de Porto Seguro, surgiu para o escritório mais uma oportunidade de incursão na área educação: os prédios do ensino infantil do Colégio Santa Maria, na zona sul de São Paulo. Tratava-se da expansão da escola, que desde 1956 já funcionava do outro lado da rua e contava com parte importante da infraestrutura necessária, como as instalações esportivas. Por esse motivo, o programa se ateve às salas de aula, área administrativa e biblioteca, funções organizadas em três patamares que acompanham as curvas de nível do lote em declive e se interligam por meio de uma circulação central. Este desenho se insere em uma fase na qual o trio de sócios se debruçava sobre o estudo de soluções modulares adaptáveis à topografia – neste caso, o módulo adotado possui cobertura de duas águas, formada por delgadas lajes de concreto com uma leve inclinação e protegida por telhas de fibrocimento. Vigas-calha de concreto unem os módulos, ao passo que também atuam como grandes beirais para proteger o interior das classes da incidência direta de sol. As lajes foram mantidas aparentes, enquanto o forro recebeu lambri pintado de branco (que amplifica a iluminação natural) e o restante da estrutura foi revestido de tijolinho. A opção por este material, solução bastante comum na época, se justificou pela baixa manutenção – apenas impermeabilização e limpeza. As coberturas sutis, quase planas, e o escalonamento dos módulos no terreno decorrem da influência da arquitetura de Frank Lloyd Wright. Na leitura atual de Roberto Aflalo Filho, a proposta, embora tenha se embasado em princípios muito simples, resulta em um conjunto bastante agradável. Tanto que se mantém íntegro até hoje, com poucas adaptações realizadas – a maioria em função da adequação às normas de acessibilidade, como a instalação de rampas e plataformas elevatórias.

Colaboradores:
      Texto: Marianne Wenzel

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