1980

Hotel Transamérica

hotel

Local: São Paulo/SP
Área do Terreno: 40.600m²
Área Construída: 19.000m²
Autores: Gian Carlo Gasperini e Roberto Aflalo

Construído nos anos 1980 em uma localização estratégica de São Paulo, às margens da Marginal Pinheiros, em Santo Amaro, o Hotel Transamérica foi encomendado pelo empresário Aloysio de Andrade Faria, dono do Banco Real na época. A ideia era proporcionar aos hóspedes acesso rápido e fácil aos principais bairros e avenidas da cidade. Realizado em duas etapas, o projeto tinha como necessidade primordial, desde o início, um centro de convenções amplo para atrair o público de empresas. Tocada diretamente por Plínio Croce, a primeira fase contemplou, além das suítes, um amplo jardim e uma sala de convenções. Anos depois da inauguração, os administradores verificaram que o hotel precisaria crescer para atender as necessidades do público que os procuravam e, assim, a ocupação praticamente dobrou. O desenvolvimento da segunda parte do hotel foi tocado por Luiz Felipe Aflalo Herman, que havia integrado a equipe do escritório há poucos anos. A nova extensão foi posicionada ao lado da primeira construção, em um embasamento interligado por meio de uma passarela superior, onde ficavam as suítes mais luxuosas e uma área de café da manhã, desenvolvidas especiamente nessa fase do projeto. Dois andares inteiros, inclusive, ofereciam a golden class, com serviços diferenciados aos hóspedes. Outro ponto importante é que ampliou-se a área de convenções porque o hotel vendia muitos pacotes de feiras. Então, havia um grande espaço que totalizava 1200 metros quadrados e podia ser dividido em três salas de 400 metros quadrados cada — nessa nova etapa também foi construído um teatro. No térreo, a ligação entre os dois prédios de oito andares ganhou uma claraboia e se tornou a entrada principal do hotel. Além disso, o empreendimento também contava com três restaurantes, cinco lojas e um completo centro de beleza. Por ser muito bem resolvido em termos de programa, 40 anos depois de sua construção, o antigo Hotel Transamérica passou por um retrofit para fazer parte do Beyond The Club, também projetado pela aflalo/gasperini arquitetos, com inauguração prevista para 2025. Trata-se de um complexo esportivo e de bem-estar com praia de ondas artificiais. Um dos maiores desafios desse projeto foi usar a estrutura existente e transformar os quartos do hotel em espaços amplos, com pé-direitos mais altos, que agora acomodam as áreas comuns do clube, como a academia, spa e restaurantes. Para isso, as lajes do meio foram demolidas a fim de criar uma circulação mais fluida e, por causa disso, foi necessário fazer alguns reforços, mas mantendo os pilares e toda a estrutura existente. Coincidência ou instinto para os negócios fizeram com que Aloysio fosse se autoafirmando naquela localização de acordo com as necessidades que enfrentava no mercado e, por isso, o empresário foi comprando os terrenos ao redor do hotel, reservando um espaço valioso que hoje compõe o primeiro clube de ondas artificiais dentro da cidade de São Paulo.

Colaboradores:
      Texto: Nádia Simonelli

Plantas e cortes: download PDF

1980

Hotel Transamérica

hotel

Local: São Paulo/SP
Área do Terreno: 40.600
Área Construída: 19.000
Autores: Gian Carlo Gasperini e Roberto Aflalo

Construído nos anos 1980 em uma localização estratégica de São Paulo, às margens da Marginal Pinheiros, em Santo Amaro, o Hotel Transamérica foi encomendado pelo empresário Aloysio de Andrade Faria, dono do Banco Real na época. A ideia era proporcionar aos hóspedes acesso rápido e fácil aos principais bairros e avenidas da cidade. Realizado em duas etapas, o projeto tinha como necessidade primordial, desde o início, um centro de convenções amplo para atrair o público de empresas. Tocada diretamente por Plínio Croce, a primeira fase contemplou, além das suítes, um amplo jardim e uma sala de convenções. Anos depois da inauguração, os administradores verificaram que o hotel precisaria crescer para atender as necessidades do público que os procuravam e, assim, a ocupação praticamente dobrou. O desenvolvimento da segunda parte do hotel foi tocado por Luiz Felipe Aflalo Herman, que havia integrado a equipe do escritório há poucos anos. A nova extensão foi posicionada ao lado da primeira construção, em um embasamento interligado por meio de uma passarela superior, onde ficavam as suítes mais luxuosas e uma área de café da manhã, desenvolvidas especiamente nessa fase do projeto. Dois andares inteiros, inclusive, ofereciam a golden class, com serviços diferenciados aos hóspedes. Outro ponto importante é que ampliou-se a área de convenções porque o hotel vendia muitos pacotes de feiras. Então, havia um grande espaço que totalizava 1200 metros quadrados e podia ser dividido em três salas de 400 metros quadrados cada — nessa nova etapa também foi construído um teatro. No térreo, a ligação entre os dois prédios de oito andares ganhou uma claraboia e se tornou a entrada principal do hotel. Além disso, o empreendimento também contava com três restaurantes, cinco lojas e um completo centro de beleza. Por ser muito bem resolvido em termos de programa, 40 anos depois de sua construção, o antigo Hotel Transamérica passou por um retrofit para fazer parte do Beyond The Club, também projetado pela aflalo/gasperini arquitetos, com inauguração prevista para 2025. Trata-se de um complexo esportivo e de bem-estar com praia de ondas artificiais. Um dos maiores desafios desse projeto foi usar a estrutura existente e transformar os quartos do hotel em espaços amplos, com pé-direitos mais altos, que agora acomodam as áreas comuns do clube, como a academia, spa e restaurantes. Para isso, as lajes do meio foram demolidas a fim de criar uma circulação mais fluida e, por causa disso, foi necessário fazer alguns reforços, mas mantendo os pilares e toda a estrutura existente. Coincidência ou instinto para os negócios fizeram com que Aloysio fosse se autoafirmando naquela localização de acordo com as necessidades que enfrentava no mercado e, por isso, o empresário foi comprando os terrenos ao redor do hotel, reservando um espaço valioso que hoje compõe o primeiro clube de ondas artificiais dentro da cidade de São Paulo.

Colaboradores:
      Texto: Nádia Simonelli

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