1990
Atrium II
escritório
Local: São Paulo/SP
Área do Terreno: 1.740m²
Área Construída: 8.749m²
Autores: Gian Carlo Gasperini, Felipe Aflalo Herman e Roberto Aflalo Filho
A ideia de dar continuidade e criar uma emblemática série de edifícios corporativos Atrium norteou o projeto do Atrium II, localizado na Rua Helena, Vila Olímpia, que abrigada a sede do escritório da aflalo/gasperini arquitetos, desde 1992. Elemento marcante do prédio, a fachada em grelhas exibe um detalhe curioso: a estrutura faz uma curva na parte frontal com o objetivo de ampliar a vista das janelas para a rua. A repetição das grelhas — presentes no Atrium I — foi uma premissa de Victor Sandri, sócio de Ricardo Aflalo na construtora Sandria, que encomendou os projetos. Ele desejava que esse fosse o elemento comum e de destaque entre todos os edifícios da série. Outra característica interessante, além de ser uma preocupação constante nos trabalhos do escritório, é o térreo aberto, principalmente porque a maioria das ruas do bairro têm calçadas estreitas e quarteirões muito compridos. Por isso, fazer uma entrada harmônica e agradável para os pedestres era uma questão fundamental. Entrou em cena, então, um paisagista que acrescentou ao projeto um sistema de espelho d’água, ornamentado com pedras. Com espaço generoso, o térreo integrado também permitiu a ampliação da área da calçada. Em termos de construção, os prédios Atrium sempre foram econômicos por serem comercializados para investidores de pessoa física. Surgiram em uma época pós-concreto aparente, quando ficou comprovado que esse material poroso não era resistente o suficiente para a poluição de São Paulo e acabava se deteriorando — algo que mudou ao longo do tempo com o desenvolvimento de um concreto de melhor qualidade. Dessa forma, o fulget foi a melhor solução para revestir a fachada do Atrium II. Trata-se de uma argamassa mineral feita à base de granito triturado, que é um material resistente, lavável e com dureza suficiente para não absorver os óxidos da poluição. Nos interiores, as plantas dos andares são flexíveis e permitem montar diversos tipos de layout. Nesse projeto, em específico, foi a primeira vez que os arquitetos do escritório não criaram um hall de acesso, permitindo a cada proprietário criar o espaço de entrada de sua empresa conforme a necessidade. Os volumes são escalonados, mas não estão alinhados na mesma altura, o que é uma característica interessante da arquitetura já que os arquitetos tinham a preocupação de que os prédios da série Atrium não terminassem em um cume. O escritório da aflalo/gasperini arquitetos se mudou para o Atrium II em 1994 e ocupa um dos andares até hoje. Há cerca de dois anos, os sócios resolveram promover uma reforma pós-pandemia a fim de tornar o ambiente mais atrativo e acolhedor para receber os funcionários depois do período de isolamento social. Na nova versão, todo o forro foi retirado, o concreto foi restaurado e os dutos, que agora ficam à mostra, foram substituídos, criando um visual contemporâneo em uma edificação erguida nos anos 1990.
Colaboradores:
Equipe: Roberto Aflalo Filho, Felipe Aflalo Herman / Ilustração: Neco Stickel / Texto: Nádia Simonelli
1990
Atrium II
escritório
Local: São Paulo/SP
Área do Terreno: 1.740
Área Construída: 8.749
Autores: Gian Carlo Gasperini, Felipe Aflalo Herman e Roberto Aflalo Filho
A ideia de dar continuidade e criar uma emblemática série de edifícios corporativos Atrium norteou o projeto do Atrium II, localizado na Rua Helena, Vila Olímpia, que abrigada a sede do escritório da aflalo/gasperini arquitetos, desde 1992. Elemento marcante do prédio, a fachada em grelhas exibe um detalhe curioso: a estrutura faz uma curva na parte frontal com o objetivo de ampliar a vista das janelas para a rua. A repetição das grelhas — presentes no Atrium I — foi uma premissa de Victor Sandri, sócio de Ricardo Aflalo na construtora Sandria, que encomendou os projetos. Ele desejava que esse fosse o elemento comum e de destaque entre todos os edifícios da série. Outra característica interessante, além de ser uma preocupação constante nos trabalhos do escritório, é o térreo aberto, principalmente porque a maioria das ruas do bairro têm calçadas estreitas e quarteirões muito compridos. Por isso, fazer uma entrada harmônica e agradável para os pedestres era uma questão fundamental. Entrou em cena, então, um paisagista que acrescentou ao projeto um sistema de espelho d’água, ornamentado com pedras. Com espaço generoso, o térreo integrado também permitiu a ampliação da área da calçada. Em termos de construção, os prédios Atrium sempre foram econômicos por serem comercializados para investidores de pessoa física. Surgiram em uma época pós-concreto aparente, quando ficou comprovado que esse material poroso não era resistente o suficiente para a poluição de São Paulo e acabava se deteriorando — algo que mudou ao longo do tempo com o desenvolvimento de um concreto de melhor qualidade. Dessa forma, o fulget foi a melhor solução para revestir a fachada do Atrium II. Trata-se de uma argamassa mineral feita à base de granito triturado, que é um material resistente, lavável e com dureza suficiente para não absorver os óxidos da poluição. Nos interiores, as plantas dos andares são flexíveis e permitem montar diversos tipos de layout. Nesse projeto, em específico, foi a primeira vez que os arquitetos do escritório não criaram um hall de acesso, permitindo a cada proprietário criar o espaço de entrada de sua empresa conforme a necessidade. Os volumes são escalonados, mas não estão alinhados na mesma altura, o que é uma característica interessante da arquitetura já que os arquitetos tinham a preocupação de que os prédios da série Atrium não terminassem em um cume. O escritório da aflalo/gasperini arquitetos se mudou para o Atrium II em 1994 e ocupa um dos andares até hoje. Há cerca de dois anos, os sócios resolveram promover uma reforma pós-pandemia a fim de tornar o ambiente mais atrativo e acolhedor para receber os funcionários depois do período de isolamento social. Na nova versão, todo o forro foi retirado, o concreto foi restaurado e os dutos, que agora ficam à mostra, foram substituídos, criando um visual contemporâneo em uma edificação erguida nos anos 1990.
Colaboradores:
Equipe: Roberto Aflalo Filho, Felipe Aflalo Herman / Ilustração: Neco Stickel / Texto: Nádia Simonelli