1984
Centro Administrativo Philips
escritório
Local: São Paulo/SP
Área do Terreno: 11.000m²
Área Construída: 85.962m²
Autores: Gian Carlo Gasperini, Roberto Aflalo Filho e Felipe Aflalo Herman
Este projeto pertence à série de empreendimentos built-to-suit (feitos especificamente para o uso de uma determinada empresa), iniciada um ano antes com o Citicorp Center. Encomendado pela Associação Philips de Seguridade Social, ele materializou uma prática que se tornava comum na época: fundos de pensão passaram e investir em imóveis a fim de resguardar seus recursos a longo prazo. Essa lógica, segundo Roberto Aflalo Filho, transformou totalmente a arquitetura corporativa daquele período, antes baseada na venda e locação de conjuntos comerciais. Dessa forma, surgiam novas torres com outra qualidade espacial: pé-direito alto, núcleos de circulação bem definidos, baixa manutenção e a solidez necessária a uma construção feita para durar muito tempo. O Centro Administrativo da Philips, multinacional que o ocupou durante os primeiros anos, situa-se em um terreno na Marginal Pinheiros. Com vinte andares, o edifício principal posiciona-se diagonalmente em relação ao rio a fim de capturar o melhor ângulo da paisagem. No térreo, há uma grande praça com pé-direito triplo, enquanto nos pavimentos-tipo as salas de trabalho se organizam em torno do núcleo central, que concentra os elevadores. Uma passarela conecta este prédio a um edifício mais baixo, de três andares – um centro de apoio com área de eventos e reuniões, refeitório e cafés. Nos fundos do lote, voltado para a Av. Luís Carlos Berrini, está o edifício-garagem. Esta proposta dá continuidade à pesquisa do escritório a respeito da grelha estrutural, elemento capaz de resolver questões importantes de projeto. Em primeiro lugar, ao deslocar a estrutura para a periferia da edificação, criam-se vãos livres ideais para a ocupação interna por escritórios. Além disso, o recurso permite trabalhar a linguagem gráfica das fachadas, variando o ritmo, o tamanho das aberturas e as cores do revestimento utilizado – neste caso, granito flameado. A solução provou-se longeva: com mais de quatro décadas de uso, o prédio já foi também sede da Nestlé e, hoje, é um edifício multiusuário.
Colaboradores:
Ilustração: Neco Stickel / Texto: Marianne Wenzel
1984
Centro Administrativo Philips
escritório
Local: São Paulo/SP
Área do Terreno: 11.000
Área Construída: 85.962
Autores: Gian Carlo Gasperini, Roberto Aflalo Filho e Felipe Aflalo Herman
Este projeto pertence à série de empreendimentos built-to-suit (feitos especificamente para o uso de uma determinada empresa), iniciada um ano antes com o Citicorp Center. Encomendado pela Associação Philips de Seguridade Social, ele materializou uma prática que se tornava comum na época: fundos de pensão passaram e investir em imóveis a fim de resguardar seus recursos a longo prazo. Essa lógica, segundo Roberto Aflalo Filho, transformou totalmente a arquitetura corporativa daquele período, antes baseada na venda e locação de conjuntos comerciais. Dessa forma, surgiam novas torres com outra qualidade espacial: pé-direito alto, núcleos de circulação bem definidos, baixa manutenção e a solidez necessária a uma construção feita para durar muito tempo. O Centro Administrativo da Philips, multinacional que o ocupou durante os primeiros anos, situa-se em um terreno na Marginal Pinheiros. Com vinte andares, o edifício principal posiciona-se diagonalmente em relação ao rio a fim de capturar o melhor ângulo da paisagem. No térreo, há uma grande praça com pé-direito triplo, enquanto nos pavimentos-tipo as salas de trabalho se organizam em torno do núcleo central, que concentra os elevadores. Uma passarela conecta este prédio a um edifício mais baixo, de três andares – um centro de apoio com área de eventos e reuniões, refeitório e cafés. Nos fundos do lote, voltado para a Av. Luís Carlos Berrini, está o edifício-garagem. Esta proposta dá continuidade à pesquisa do escritório a respeito da grelha estrutural, elemento capaz de resolver questões importantes de projeto. Em primeiro lugar, ao deslocar a estrutura para a periferia da edificação, criam-se vãos livres ideais para a ocupação interna por escritórios. Além disso, o recurso permite trabalhar a linguagem gráfica das fachadas, variando o ritmo, o tamanho das aberturas e as cores do revestimento utilizado – neste caso, granito flameado. A solução provou-se longeva: com mais de quatro décadas de uso, o prédio já foi também sede da Nestlé e, hoje, é um edifício multiusuário.
Colaboradores:
Ilustração: Neco Stickel / Texto: Marianne Wenzel