1994

Chácara Sant’Anna

moradia

Local: São Paulo, SP
Área do Terreno: 0m²
Área Construída: 6.43m²
Autores: Gian Carlo Gasperini, Roberto Aflalo Filho e Felipe Aflalo Herman

O projeto deste condomínio urbano e arborizado é marcante na história da aflalo/gasperini arquitetos porque quebrou o paradigma das casas geminadas, que costumam ser subestimadas pelos corretores de imóveis. Diante de uma quadra triangular, localizada no Alto da Boa Vista, o programa padrão da época consistia em ocupar todo o terreno, distribuindo várias casas pequenas — separadas umas das outras — com uma rua no meio e retirar as inúmeras árvores. Esse era o caminho que a maioria dos condomínios paulistanos seguiam, mas o resultado eram ambientes muito compactos, além de pouca privacidade e luminosidade, já que as fachadas laterais ficavam bem próximas. Para fugir dessa fórmula, os arquitetos propuseram juntar as casas e fazer dois grupos geminados para, assim, aumentar as frentes e desenhar aberturas para iluminação zenital. Outra proposta inovadora para o mercado foi criar uma área comum ampla, arborizada e com uma extensa piscina, em vez de cada casa contar com um espaço de lazer extremamente pequeno. Logo, os proprietários do condomínio concordaram com as novas ideias, mas não foi fácil vender o conceito para os compradores. Por isso, o lançamento do empreendimento foi feito somente no momento em que a obra já estava avançada, com algumas estruturas à mostra. Assim, quando as pessoas começaram a ver as casas sendo erguidas, logo se interessaram. Ao todo, são 13 unidades geminadas de três andares, numa composição de volumes horizontais e verticais, com revestimento de tijolinhos aparentes, que já haviam sido usados em outros projetos residenciais do escritório. A inspiração veio das townhouse americanas e inglesas. Grande parte das árvores que já existiam no terreno foram preservadas, o que trouxe um clima bucólico para os moradores, mesmo perto de uma região bastante movimentada. Ao acordar, é possível avistar o verde do entorno ainda da cama. Apesar de terem metragens que variam entre 300 e 400 metros quadrados, as casas têm programas bem parecidos. No térreo, ficam a garagem, salão e dependências de funcionários; no intermediário foram instaladas as áreas sociais e de serviços, com sala de TV, living, jantar, copa, cozinha e área de serviço; e no pavimento superior, estão os quartos, com opção entre três ou quatro suítes. A topografia do terreno permitiu um desnível de 1,5 m em relação ao vizinho e acesso individual à garagem. Além disso, paredes duplas entre as casas amenizam a propagação de ruídos e garantem ainda mais privacidade aos moradores.

Colaboradores:
      Texto: Nádia Simonelli

Plantas e cortes: download PDF

1994

Chácara Sant’Anna

moradia

Local: São Paulo, SP
Área do Terreno: 0
Área Construída: 6.43
Autores: Gian Carlo Gasperini, Roberto Aflalo Filho e Felipe Aflalo Herman

O projeto deste condomínio urbano e arborizado é marcante na história da aflalo/gasperini arquitetos porque quebrou o paradigma das casas geminadas, que costumam ser subestimadas pelos corretores de imóveis. Diante de uma quadra triangular, localizada no Alto da Boa Vista, o programa padrão da época consistia em ocupar todo o terreno, distribuindo várias casas pequenas — separadas umas das outras — com uma rua no meio e retirar as inúmeras árvores. Esse era o caminho que a maioria dos condomínios paulistanos seguiam, mas o resultado eram ambientes muito compactos, além de pouca privacidade e luminosidade, já que as fachadas laterais ficavam bem próximas. Para fugir dessa fórmula, os arquitetos propuseram juntar as casas e fazer dois grupos geminados para, assim, aumentar as frentes e desenhar aberturas para iluminação zenital. Outra proposta inovadora para o mercado foi criar uma área comum ampla, arborizada e com uma extensa piscina, em vez de cada casa contar com um espaço de lazer extremamente pequeno. Logo, os proprietários do condomínio concordaram com as novas ideias, mas não foi fácil vender o conceito para os compradores. Por isso, o lançamento do empreendimento foi feito somente no momento em que a obra já estava avançada, com algumas estruturas à mostra. Assim, quando as pessoas começaram a ver as casas sendo erguidas, logo se interessaram. Ao todo, são 13 unidades geminadas de três andares, numa composição de volumes horizontais e verticais, com revestimento de tijolinhos aparentes, que já haviam sido usados em outros projetos residenciais do escritório. A inspiração veio das townhouse americanas e inglesas. Grande parte das árvores que já existiam no terreno foram preservadas, o que trouxe um clima bucólico para os moradores, mesmo perto de uma região bastante movimentada. Ao acordar, é possível avistar o verde do entorno ainda da cama. Apesar de terem metragens que variam entre 300 e 400 metros quadrados, as casas têm programas bem parecidos. No térreo, ficam a garagem, salão e dependências de funcionários; no intermediário foram instaladas as áreas sociais e de serviços, com sala de TV, living, jantar, copa, cozinha e área de serviço; e no pavimento superior, estão os quartos, com opção entre três ou quatro suítes. A topografia do terreno permitiu um desnível de 1,5 m em relação ao vizinho e acesso individual à garagem. Além disso, paredes duplas entre as casas amenizam a propagação de ruídos e garantem ainda mais privacidade aos moradores.

Colaboradores:
      Texto: Nádia Simonelli

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