1982
Chalés Clube de Campo SP
moradia
Local: São Paulo, SP
Área do Terreno: 20.000m²
Área Construída: 4.650m²
Autores: Plinio Croce, Roberto Aflalo e Gian Carlo Gasperini
Construída entre 1906 e 1908, inicialmente para atender a Usina Hidrelétrica de Parnaíba, a represa de Guarapiranga foi destinada, 20 anos depois, a servir como reservatório de água potável para a zona sul da capital paulista. Esse novo uso levou à ocupação de suas margens por loteamentos e clubes, que enxergaram ali o potencial de atrair um público interessado na prática de esportes náuticos. Um deles é o Clube de Campo de São Paulo, inaugurado nos anos 1950 numa área de 1,2 milhões de metros quadrados, dos quais 200 mil são de Mata Atlântica preservada. Além da infraestrutura para lazer e esportes, o empreendimento separou algumas glebas para residências de fim de semana. Vencedor de um concurso fechado, o escritório assumiu uma delas, para a qual desenhou um conjunto de 75 unidades. Roberto Aflalo Filho, que trabalhou lado a lado com o pai na proposta, lembra-se de uma sugestão decisiva de Gian Carlo Gasperini: arejar mais a disposição das casas, dispersando-as um pouco, sem perder a ideia da ocupação do terreno em fileiras escalonadas – premissa que era importante manter, já que resultaria na abertura de poucas ruas asfaltadas, algo crucial em um clube de campo e, diz-se, fundamental para a escolha deste projeto como vencedor da disputa. Há chalés térreos de 50 m2 e sobrados de 100 m2, o que dá diversidade e movimento ao complexo, suavemente assentado nas curvas de nível do terreno – algo que exigiu a constante presença de Roberto Aflalo na obra para evitar erros de implantação. Os materiais são simples: alvenaria cm pintura branca, telhado de duas águas com telhas de barro e caixilhos de madeira. Internamente, as plantas permitem pequenas variações. Embora os moradores não tenham a propriedade dos imóveis, mas, sim, o direito de uso concedido pelo clube, muitos fizeram alterações nas fachadas, especialmente durante a pandemia. A mais comum é o fechamento da varanda e de sua pérgula com vidros e cortinas, a fim de criar mais um ambiente social coberto.
Colaboradores:
Equipe: Roberto Aflalo Filho, Marcelo Aflalo, Texto: Marianne Wenzel
1982
Chalés Clube de Campo SP
moradia
Local: São Paulo, SP
Área do Terreno: 20.000
Área Construída: 4.650
Autores: Plinio Croce, Roberto Aflalo e Gian Carlo Gasperini
Construída entre 1906 e 1908, inicialmente para atender a Usina Hidrelétrica de Parnaíba, a represa de Guarapiranga foi destinada, 20 anos depois, a servir como reservatório de água potável para a zona sul da capital paulista. Esse novo uso levou à ocupação de suas margens por loteamentos e clubes, que enxergaram ali o potencial de atrair um público interessado na prática de esportes náuticos. Um deles é o Clube de Campo de São Paulo, inaugurado nos anos 1950 numa área de 1,2 milhões de metros quadrados, dos quais 200 mil são de Mata Atlântica preservada. Além da infraestrutura para lazer e esportes, o empreendimento separou algumas glebas para residências de fim de semana. Vencedor de um concurso fechado, o escritório assumiu uma delas, para a qual desenhou um conjunto de 75 unidades. Roberto Aflalo Filho, que trabalhou lado a lado com o pai na proposta, lembra-se de uma sugestão decisiva de Gian Carlo Gasperini: arejar mais a disposição das casas, dispersando-as um pouco, sem perder a ideia da ocupação do terreno em fileiras escalonadas – premissa que era importante manter, já que resultaria na abertura de poucas ruas asfaltadas, algo crucial em um clube de campo e, diz-se, fundamental para a escolha deste projeto como vencedor da disputa. Há chalés térreos de 50 m2 e sobrados de 100 m2, o que dá diversidade e movimento ao complexo, suavemente assentado nas curvas de nível do terreno – algo que exigiu a constante presença de Roberto Aflalo na obra para evitar erros de implantação. Os materiais são simples: alvenaria cm pintura branca, telhado de duas águas com telhas de barro e caixilhos de madeira. Internamente, as plantas permitem pequenas variações. Embora os moradores não tenham a propriedade dos imóveis, mas, sim, o direito de uso concedido pelo clube, muitos fizeram alterações nas fachadas, especialmente durante a pandemia. A mais comum é o fechamento da varanda e de sua pérgula com vidros e cortinas, a fim de criar mais um ambiente social coberto.
Colaboradores:
Equipe: Roberto Aflalo Filho, Marcelo Aflalo, Texto: Marianne Wenzel