2001
Continental Square
escritório, moradia
Local: São Paulo/SP
Área do Terreno: 8.500m²
Área Construída: 95.000m²
Autores: Gian Carlo Gasperini, Felipe Aflalo Herman e Roberto Aflalo Filho
No coração da Vila Olímpia, este conjunto é um complexo de múltiplos usos com quase 100 mil metros quadrados de área construída. A proposta inicial da construtora Inpar, proprietária do terreno, era que o empreendimento fosse uma torre única, mas não seguiu adiante. Logo depois da primeira tentativa de criação de um projeto com um escritório americano, o desafio foi transferido a aflalo/gasperini arquitetos, que tinha a missão de criar uma proposta para abrigar negócios diversos, incluindo dois hotéis, uma torre de escritórios e uma grande área de convenções, pensando também na integração com o bairro que estava em pleno desenvolvimento na época da construção. Implantado em um terreno triangular aberto para três ruas, com frente para a Rua Olimpíadas, o complexo é dividido em duas partes: de um lado, estão duas torres — uma de escritórios e outra hoteleira, com flats e hotel — do outro, o embasamento, onde estão o centro de convenções, restaurantes, lojas e academia esportiva, além dos lobbies de acesso. O projeto desenvolvido pelo escritório tem como vantagem a diluição do impacto visual da massa construída, conseguida por meio de volumes diferentes e diversos acabamentos para as fachadas. Uma curiosidade é que o andar intermediário foi projetado para ser, inicialmente, um cinema com seis salas, mas que depois acabou se tornando uma academia com 3 mil metros quadrados e teto retrátil que segue ativa até hoje. Com espaços amplos nos andares, a laje do piso dos escritórios tem cerca de 2 mil metros quadrados, enquanto a do hotel totaliza 920 metros quadrados. O empreendimento foi criado pensando também na urbanização do bairro, doando uma enorme parte da frente do terreno para a construção da avenida. Com um porte-cochère destinado à entrada e saída de carros e um espaço semipúblico para os pedestres, a entrada distribui os visitantes para as torres e não tem nenhum fechamento para a rua. O conjunto se destaca na paisagem urbana, chamando atenção para os diversos padrões e cores de painéis pré-fabricados e caixilharia que varia desenhos horizontais e retículas quadradas. Inovadora para a época, a construção foi toda realizada em placas pré-moldadas, produzidas à base de pedaços de granito, concreto e armação de ferro. A evolução da tecnologia no começo dos anos 2000 permitiu o desenvolvimento das técnicas de produção de elementos pré-fabricados, o que possibilitou essa obra ser tão industrializada quanto as que são realizadas atualmente.
Colaboradores:
Fotos: Nelson Kon / Texto: Nádia Simonelli
2001
Continental Square
escritório, moradia
Local: São Paulo/SP
Área do Terreno: 8.500
Área Construída: 95.000
Autores: Gian Carlo Gasperini, Felipe Aflalo Herman e Roberto Aflalo Filho
No coração da Vila Olímpia, este conjunto é um complexo de múltiplos usos com quase 100 mil metros quadrados de área construída. A proposta inicial da construtora Inpar, proprietária do terreno, era que o empreendimento fosse uma torre única, mas não seguiu adiante. Logo depois da primeira tentativa de criação de um projeto com um escritório americano, o desafio foi transferido a aflalo/gasperini arquitetos, que tinha a missão de criar uma proposta para abrigar negócios diversos, incluindo dois hotéis, uma torre de escritórios e uma grande área de convenções, pensando também na integração com o bairro que estava em pleno desenvolvimento na época da construção. Implantado em um terreno triangular aberto para três ruas, com frente para a Rua Olimpíadas, o complexo é dividido em duas partes: de um lado, estão duas torres — uma de escritórios e outra hoteleira, com flats e hotel — do outro, o embasamento, onde estão o centro de convenções, restaurantes, lojas e academia esportiva, além dos lobbies de acesso. O projeto desenvolvido pelo escritório tem como vantagem a diluição do impacto visual da massa construída, conseguida por meio de volumes diferentes e diversos acabamentos para as fachadas. Uma curiosidade é que o andar intermediário foi projetado para ser, inicialmente, um cinema com seis salas, mas que depois acabou se tornando uma academia com 3 mil metros quadrados e teto retrátil que segue ativa até hoje. Com espaços amplos nos andares, a laje do piso dos escritórios tem cerca de 2 mil metros quadrados, enquanto a do hotel totaliza 920 metros quadrados. O empreendimento foi criado pensando também na urbanização do bairro, doando uma enorme parte da frente do terreno para a construção da avenida. Com um porte-cochère destinado à entrada e saída de carros e um espaço semipúblico para os pedestres, a entrada distribui os visitantes para as torres e não tem nenhum fechamento para a rua. O conjunto se destaca na paisagem urbana, chamando atenção para os diversos padrões e cores de painéis pré-fabricados e caixilharia que varia desenhos horizontais e retículas quadradas. Inovadora para a época, a construção foi toda realizada em placas pré-moldadas, produzidas à base de pedaços de granito, concreto e armação de ferro. A evolução da tecnologia no começo dos anos 2000 permitiu o desenvolvimento das técnicas de produção de elementos pré-fabricados, o que possibilitou essa obra ser tão industrializada quanto as que são realizadas atualmente.
Colaboradores:
Fotos: Nelson Kon / Texto: Nádia Simonelli