1986

George V

moradia

Local: São Paulo/SP
Área do Terreno: 1.200m²
Área Construída: 9.880m²
Autores: Gian Carlo Gasperini, Felipe Aflalo Herman e Roberto Aflalo Filho

Na década de 1980 os flats eram uma tendência entre os empreendimentos imobiliários brasileiros. Localizados em prédios que tinham infraestrutura semelhante a hotéis, estes apartamentos podiam ser alugados por curtas ou longas temporadas, gerando uma renda extra aos seus proprietários. A compra também era facilitada por meio de financiamentos de 60 meses, que permitiam um parcelamento mensal acessível. Logo, se tornaram uma boa opção para investidores em um período em que a economia brasileira passava por instabilidade. Projetado e construído nessa época em que a aflalo/gasperini arquitetos criou vários projetos do tipo, o George V foi feito sob encomenda para a incorporadora Serplan, em parceria com a construtora Enplanta, sob consultoria hoteleira da Sofitel. É seguro dizer que a fase dos flats impulsionou a entrada do escritório no mercado imobiliário residencial. Uma característica importante do empreendimento é a premissa de que os apartamentos fossem grandes — de 60 a 120 m2 —, com uma atmosfera sofisticada e que tivessem apenas três unidades por andar. Com opções de um e dois quartos, ofereciam também closet, banheiro confortável, lavabo e cozinha, além de compartilharem o hall com um elevador de serviço, dois sociais e uma escada. O design de interiores foi assinado pelo arquiteto Sig Bergamin. Já a arquitetura se destaca na paisagem da Rua José Maria Lisboa, nos Jardins, com uma fachada de tijolos, seguindo a estética dos edifícios Atriums 1 e 2 e dos São Paulo 1 e 2, que exibem o mesmo revestimento. De linhas retas e sem muitos detalhes, o desenho do George V valoriza o volume com os rasgos das janelas, reforçando as aberturas e o material. A área comum foi planejada no térreo e tem como destaque o restaurante, instalado em uma das curvas, com vista para o jardim e portas que se abrem para a rua, atendendo o público em geral durante o dia, além dos hóspedes. Luiz Felipe Aflalo Herman, que ficou à frente deste projeto, revela que na época da construção esteve na Imobiliária Lopes para fazer uma apresentação sobre o prédio para os corretores, algo incomum para o escritório que até o momento estava acostumado a lidar com o mercado corporativo. E, coincidência ou não, as vendas do empreendimento foram um sucesso. Atualmente, o edifício continua em funcionamento e preserva as características originais da arquitetura com os seus charmosos tijolos à vista.

Colaboradores:
      Ilustração: Neco Stickel / Texto: Nádia Simonelli

Plantas e cortes: download PDF

1986

George V

moradia

Local: São Paulo/SP
Área do Terreno: 1.200
Área Construída: 9.880
Autores: Gian Carlo Gasperini, Felipe Aflalo Herman e Roberto Aflalo Filho

Na década de 1980 os flats eram uma tendência entre os empreendimentos imobiliários brasileiros. Localizados em prédios que tinham infraestrutura semelhante a hotéis, estes apartamentos podiam ser alugados por curtas ou longas temporadas, gerando uma renda extra aos seus proprietários. A compra também era facilitada por meio de financiamentos de 60 meses, que permitiam um parcelamento mensal acessível. Logo, se tornaram uma boa opção para investidores em um período em que a economia brasileira passava por instabilidade. Projetado e construído nessa época em que a aflalo/gasperini arquitetos criou vários projetos do tipo, o George V foi feito sob encomenda para a incorporadora Serplan, em parceria com a construtora Enplanta, sob consultoria hoteleira da Sofitel. É seguro dizer que a fase dos flats impulsionou a entrada do escritório no mercado imobiliário residencial. Uma característica importante do empreendimento é a premissa de que os apartamentos fossem grandes — de 60 a 120 m2 —, com uma atmosfera sofisticada e que tivessem apenas três unidades por andar. Com opções de um e dois quartos, ofereciam também closet, banheiro confortável, lavabo e cozinha, além de compartilharem o hall com um elevador de serviço, dois sociais e uma escada. O design de interiores foi assinado pelo arquiteto Sig Bergamin. Já a arquitetura se destaca na paisagem da Rua José Maria Lisboa, nos Jardins, com uma fachada de tijolos, seguindo a estética dos edifícios Atriums 1 e 2 e dos São Paulo 1 e 2, que exibem o mesmo revestimento. De linhas retas e sem muitos detalhes, o desenho do George V valoriza o volume com os rasgos das janelas, reforçando as aberturas e o material. A área comum foi planejada no térreo e tem como destaque o restaurante, instalado em uma das curvas, com vista para o jardim e portas que se abrem para a rua, atendendo o público em geral durante o dia, além dos hóspedes. Luiz Felipe Aflalo Herman, que ficou à frente deste projeto, revela que na época da construção esteve na Imobiliária Lopes para fazer uma apresentação sobre o prédio para os corretores, algo incomum para o escritório que até o momento estava acostumado a lidar com o mercado corporativo. E, coincidência ou não, as vendas do empreendimento foram um sucesso. Atualmente, o edifício continua em funcionamento e preserva as características originais da arquitetura com os seus charmosos tijolos à vista.

Colaboradores:
      Ilustração: Neco Stickel / Texto: Nádia Simonelli

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