2008

Hiléa

institucional

Local: São Paulo, SP
Área do Terreno: 2.600m²
Área Construída: 13.400m²
Autores: Gian Carlo Gasperini, Roberto Aflalo Filho e Felipe Aflalo Herman

Um programa pouco comum no portfólio da aflalo/gasperini arquitetos norteou o Edifício Hiléia, que nasceu da vontade de criar um centro de moradia e convivência de idosos, focados nos portadores do Mal de Alzheimer. Inspirado no modelo europeu para esse tipo de projeto, que procura integrar o usuário à cidade, o prédio está localizado em uma região movimentada, próximo a Avenida Giovanni Gronchi e ao Shopping Jardim Sul, no Morumbi. Depois de concluído, o Hiléa funcionou pouco tempo em sua concepção original e em 2009 foi comprado pelo governo do Estado de São Paulo. Atualmente, o lugar abriga o Instituto de Reabilitação Lucy Montoro. Na época da construção, a ideia foi dar uma atmosfera de clube ao espaço e permitir que os idosos tivessem contato facilitado com a família, além de poderem frequentar o comércio do entorno. Fundamental no projeto, a natureza contribuiu para criar esse clima amigável de bem-estar. Havia jardins nas áreas comuns, onde era possível sentar e relaxar, e jardineiras em todos os quartos. Outra premissa era possibilitar os encontros e estimular novas conexões. Seguindo esse objetivo, o térreo foi contemplado com equipamentos que privilegiavam o convívio e o autocuidado, como salão de cabeleireiro, sala de ginástica, piscina e refeitório. Característica essencial na construção, a iluminação natural está sempre presente nos ambientes — com exceção de uma área específica. Em um trecho dos espaços de convívio parecia que o tempo havia parado. Além de estar inserido em uma área fechada para a rua, onde não se tem a percepção do passar do dia, o lugar foi equipado com fachadas internas e letreiros que lembravam os anos 1960 e 70. Tudo isso foi planejado para o conforto psicológico dos pacientes com Mal de Alzheimer, que acabam perdendo a memória dos fatos mais recentes e se sentem incomodados com a chegada da noite. Outro detalhe pensado nesse sentido é que havia um espaço ao lado da porta dos quartos destinado a um objeto afetivo do idoso, com a finalidade de facilitar a identificação da unidade, em caso de esquecimento. Dentro dos quartos, a ambientação criava uma atmosfera leve, que lembrava um hotel, mas por trás dos painéis havia toda a infraestrutura hospitalar necessária para os cuidados com a saúde, além de outros recursos que garantiam segurança, a exemplo dos trilhos no teto que conduziam os idosos até o banheiro e outras áreas do ambiente.

Colaboradores:
      Coordenadora: Luana De Alencar Radesco. Equipe: Flavio Garcia, Marcos Pi Bertoncell, Eduardo Mizuka. Estagiária: Camila Hirota. Paisagismo: Isabel Duprat Plantas e Jardins Ltda. Construtora: RFM Luminotecnica: Mingrone Iluminação, Texto: Nádia Simonelli

Plantas e cortes: download PDF

2008

Hiléa

institucional

Local: São Paulo, SP
Área do Terreno: 2.600
Área Construída: 13.400
Autores: Gian Carlo Gasperini, Roberto Aflalo Filho e Felipe Aflalo Herman

Um programa pouco comum no portfólio da aflalo/gasperini arquitetos norteou o Edifício Hiléia, que nasceu da vontade de criar um centro de moradia e convivência de idosos, focados nos portadores do Mal de Alzheimer. Inspirado no modelo europeu para esse tipo de projeto, que procura integrar o usuário à cidade, o prédio está localizado em uma região movimentada, próximo a Avenida Giovanni Gronchi e ao Shopping Jardim Sul, no Morumbi. Depois de concluído, o Hiléa funcionou pouco tempo em sua concepção original e em 2009 foi comprado pelo governo do Estado de São Paulo. Atualmente, o lugar abriga o Instituto de Reabilitação Lucy Montoro. Na época da construção, a ideia foi dar uma atmosfera de clube ao espaço e permitir que os idosos tivessem contato facilitado com a família, além de poderem frequentar o comércio do entorno. Fundamental no projeto, a natureza contribuiu para criar esse clima amigável de bem-estar. Havia jardins nas áreas comuns, onde era possível sentar e relaxar, e jardineiras em todos os quartos. Outra premissa era possibilitar os encontros e estimular novas conexões. Seguindo esse objetivo, o térreo foi contemplado com equipamentos que privilegiavam o convívio e o autocuidado, como salão de cabeleireiro, sala de ginástica, piscina e refeitório. Característica essencial na construção, a iluminação natural está sempre presente nos ambientes — com exceção de uma área específica. Em um trecho dos espaços de convívio parecia que o tempo havia parado. Além de estar inserido em uma área fechada para a rua, onde não se tem a percepção do passar do dia, o lugar foi equipado com fachadas internas e letreiros que lembravam os anos 1960 e 70. Tudo isso foi planejado para o conforto psicológico dos pacientes com Mal de Alzheimer, que acabam perdendo a memória dos fatos mais recentes e se sentem incomodados com a chegada da noite. Outro detalhe pensado nesse sentido é que havia um espaço ao lado da porta dos quartos destinado a um objeto afetivo do idoso, com a finalidade de facilitar a identificação da unidade, em caso de esquecimento. Dentro dos quartos, a ambientação criava uma atmosfera leve, que lembrava um hotel, mas por trás dos painéis havia toda a infraestrutura hospitalar necessária para os cuidados com a saúde, além de outros recursos que garantiam segurança, a exemplo dos trilhos no teto que conduziam os idosos até o banheiro e outras áreas do ambiente.

Colaboradores:
      Coordenadora: Luana De Alencar Radesco. Equipe: Flavio Garcia, Marcos Pi Bertoncell, Eduardo Mizuka. Estagiária: Camila Hirota. Paisagismo: Isabel Duprat Plantas e Jardins Ltda. Construtora: RFM Luminotecnica: Mingrone Iluminação, Texto: Nádia Simonelli

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