1991

Os Bandeirantes

escritório

Local: São Paulo, SP
Área do Terreno: 1.275m²
Área Construída: 10.352m²
Autores: Gian Carlo Gasperini, Roberto Aflalo Filho e Felipe Aflalo Herman

Localizado em uma esquina da Avenida Brigadeiro Faria Lima, Os Bandeirantes chama a atenção pela imponência de sua forma em meio ao mar de prédios que compõem a região, conhecida como o centro financeiro de São Paulo. Essa foi uma preocupação dos arquitetos quando receberam a encomenda do projeto, que é um empreendimento imobiliário do Banco Bandeirantes. Com programa e terreno relativamente pequenos, o desafio era maximizar a presença da edificação e fazer com que ela se destacasse na paisagem da avenida. Daí surgiu a ideia de fragmentar o volume em planos soltos e independentes, tanto no sentido vertical como no horizontal, o que marcou o início de uma nova fase arquitetônica da equipe. Assim, a altura do edifício teve um ganho considerável. O maior volume, onde estão os escritórios, é apoiado por planos laterais e parece flutuar sobre o embasamento, ocupado por uma agência bancária. Foram muitos os desenhos até chegar em uma versão final, mas, nessa época, os computadores já faziam parte do processo de criação e auxiliavam na criação das imagens em 3D, que eram impressas e depois completadas à mão pelos arquitetos. Durante a construção, quem passava pela avenida podia admirar a beleza da estrutura crua, que ainda estava à vista com as duas torres soltas e os andares vazados. Sobre a linguagem arquitetônica, uma curiosidade: apesar de contemporânea, foi inspirada em um outro edifício desenhado pela aflalo/gasperini arquitetos alguns anos antes, o Saint James Park, de 1972. Outra característica importante é que depois de uma série de projetos realizados com grelhas estruturais na fachada — assunto pesquisado pela equipe durante anos —, este prédio tinha como premissa ser inovador e, por isso, recebeu fechamento de vidro, o que também marcou a nova fase arquitetônica. As contribuições do engenheiro Aloísio D’Ávila foram fundamentais para a resolução estrutural. Ainda no período da elaboração do projeto, um pedido do cliente surpreendeu os arquitetos, mas também contribuiu para que a construção ganhasse ainda mais altura. No começo dos anos 1990, os helipontos começaram a surgir no alto dos edifícios paulistanos como um item de conforto, e não somente para emergências, e Os Bandeirantes foi um dos primeiros projetos do escritório a receber a estrutura, que faz as vezes de coroamento da edificação. O resultado é um prédio de arquitetura elegante, linhas delicadas e que permanece atual até os dias de hoje.

Colaboradores:
      Coordenadora: Flávia Marcondes Colaboradores: Jean Paul Sauveur, Renato Trussardi Paolini, Márcia Soares, Álvaro Alves da Silva, Izabel Coimbra da Silva Garcia, Rastko Kovacevic, Roberto Aflalo Filho. Fundações: Eduardo José Portella da Costa Estrutura: Aluízio A. M. D’Ávila Elétrica e hidráulica: Fabio Pimenta Esquadrias de alumínio: Igor Alvim Impermeabilização: Sérgio Pousa. Ar-condicionado: Jorge A. Kayano Automação predial: Giuseppe Levay Comunicação visual: Marcelo Aflalo Construção: Racional, Texto: Nádia Simonelli

Plantas e cortes: download PDF

 

1991

Os Bandeirantes

escritório

Local: São Paulo, SP
Área do Terreno: 1.275
Área Construída: 10.352
Autores: Gian Carlo Gasperini, Roberto Aflalo Filho e Felipe Aflalo Herman

 

Localizado em uma esquina da Avenida Brigadeiro Faria Lima, Os Bandeirantes chama a atenção pela imponência de sua forma em meio ao mar de prédios que compõem a região, conhecida como o centro financeiro de São Paulo. Essa foi uma preocupação dos arquitetos quando receberam a encomenda do projeto, que é um empreendimento imobiliário do Banco Bandeirantes. Com programa e terreno relativamente pequenos, o desafio era maximizar a presença da edificação e fazer com que ela se destacasse na paisagem da avenida. Daí surgiu a ideia de fragmentar o volume em planos soltos e independentes, tanto no sentido vertical como no horizontal, o que marcou o início de uma nova fase arquitetônica da equipe. Assim, a altura do edifício teve um ganho considerável. O maior volume, onde estão os escritórios, é apoiado por planos laterais e parece flutuar sobre o embasamento, ocupado por uma agência bancária. Foram muitos os desenhos até chegar em uma versão final, mas, nessa época, os computadores já faziam parte do processo de criação e auxiliavam na criação das imagens em 3D, que eram impressas e depois completadas à mão pelos arquitetos. Durante a construção, quem passava pela avenida podia admirar a beleza da estrutura crua, que ainda estava à vista com as duas torres soltas e os andares vazados. Sobre a linguagem arquitetônica, uma curiosidade: apesar de contemporânea, foi inspirada em um outro edifício desenhado pela aflalo/gasperini arquitetos alguns anos antes, o Saint James Park, de 1972. Outra característica importante é que depois de uma série de projetos realizados com grelhas estruturais na fachada — assunto pesquisado pela equipe durante anos —, este prédio tinha como premissa ser inovador e, por isso, recebeu fechamento de vidro, o que também marcou a nova fase arquitetônica. As contribuições do engenheiro Aloísio D’Ávila foram fundamentais para a resolução estrutural. Ainda no período da elaboração do projeto, um pedido do cliente surpreendeu os arquitetos, mas também contribuiu para que a construção ganhasse ainda mais altura. No começo dos anos 1990, os helipontos começaram a surgir no alto dos edifícios paulistanos como um item de conforto, e não somente para emergências, e Os Bandeirantes foi um dos primeiros projetos do escritório a receber a estrutura, que faz as vezes de coroamento da edificação. O resultado é um prédio de arquitetura elegante, linhas delicadas e que permanece atual até os dias de hoje.

Colaboradores:
      Coordenadora: Flávia Marcondes Colaboradores: Jean Paul Sauveur, Renato Trussardi Paolini, Márcia Soares, Álvaro Alves da Silva, Izabel Coimbra da Silva Garcia, Rastko Kovacevic, Roberto Aflalo Filho. Fundações: Eduardo José Portella da Costa Estrutura: Aluízio A. M. D’Ávila Elétrica e hidráulica: Fabio Pimenta Esquadrias de alumínio: Igor Alvim Impermeabilização: Sérgio Pousa. Ar-condicionado: Jorge A. Kayano Automação predial: Giuseppe Levay Comunicação visual: Marcelo Aflalo Construção: Racional, Texto: Nádia Simonelli

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