1969
Passarela Sob Viaduto do Chá
institucional
Local: São Paulo/SP
Área do Terreno: 180m²
Área Construída: 180m²
Autores: Plinio Croce, Roberto Aflalo e Gian Carlo Gasperini
Na época em que o Vale do Anhangabaú ainda era tomado por uma larga avenida expressa com quatro pistas em cada sentido, a gestão do prefeito Faria Lima (de 1965 a 1969) decidiu encomendar a construção de uma passarela sob o Viaduto do Chá, com o intuito de oferecer aos pedestres a possibilidade de cruzar a via em um plano intermediário do vale. O projeto foi delegado à empresa de engenharia Figueiredo Ferraz, que, por sua vez, deixou a criação a cargo do escritório. Croce, Aflalo e Gasperini aproveitaram a chance, até então incomum para arquitetos, e propuseram uma linguagem escultural para o elemento viário. Estruturada como um pórtico delgado e curvilíneo, a passarela com guarda-corpo de vidro trabalhava com uma inclinação suave em suas rampas, medida que a tornava confortável para quem caminha e lhe conferia grande leveza. Pouco mais de uma década depois, em 1981, o urbanista Jorge Wilheim e a arquiteta paisagista Rosa Kliass, vencedores do concurso público para a reurbanização do Vale, previram o enterramento da avenida de oito pistas e a criação de um grande espaço público no local. A passarela que cruzava a antiga artéria viária chegou a seguir funcionando durante algum tempo como palco para apresentações, mas acabou perdendo a função, tornou-se um objeto desnecessário na paisagem urbana e foi demolida. De toda forma, este projeto nos lembra a importância de incluir no sistema viário, especialmente em cidades ainda tão voltadas para os carros, elementos que proporcionem travessias de pedestres fáceis de acessar, seguras e, por que não, belas.
Colaboradores:
Texto: Marianne Wenzel
1969
Passarela Sob Viaduto do Chá
institucional
Local: São Paulo/SP
Área do Terreno: 180
Área Construída: 180
Autores: Plinio Croce, Roberto Aflalo e Gian Carlo Gasperini
Na época em que o Vale do Anhangabaú ainda era tomado por uma larga avenida expressa com quatro pistas em cada sentido, a gestão do prefeito Faria Lima (de 1965 a 1969) decidiu encomendar a construção de uma passarela sob o Viaduto do Chá, com o intuito de oferecer aos pedestres a possibilidade de cruzar a via em um plano intermediário do vale. O projeto foi delegado à empresa de engenharia Figueiredo Ferraz, que, por sua vez, deixou a criação a cargo do escritório. Croce, Aflalo e Gasperini aproveitaram a chance, até então incomum para arquitetos, e propuseram uma linguagem escultural para o elemento viário. Estruturada como um pórtico delgado e curvilíneo, a passarela com guarda-corpo de vidro trabalhava com uma inclinação suave em suas rampas, medida que a tornava confortável para quem caminha e lhe conferia grande leveza. Pouco mais de uma década depois, em 1981, o urbanista Jorge Wilheim e a arquiteta paisagista Rosa Kliass, vencedores do concurso público para a reurbanização do Vale, previram o enterramento da avenida de oito pistas e a criação de um grande espaço público no local. A passarela que cruzava a antiga artéria viária chegou a seguir funcionando durante algum tempo como palco para apresentações, mas acabou perdendo a função, tornou-se um objeto desnecessário na paisagem urbana e foi demolida. De toda forma, este projeto nos lembra a importância de incluir no sistema viário, especialmente em cidades ainda tão voltadas para os carros, elementos que proporcionem travessias de pedestres fáceis de acessar, seguras e, por que não, belas.
Colaboradores:
Texto: Marianne Wenzel