1984

São Paulo I

moradia

Local: São Paulo, SP
Área do Terreno: 1.000m²
Área Construída: 3.120m²
Autores: Gian Carlo Gasperini e Roberto Aflalo

A configuração incomum deste pequeno edifício residencial, localizado no Itaim Bibi, chama a atenção. São apenas sete apartamentos — um por andar —, cada um com 240 m2 e apenas dois dormitórios. A planta espaçosa, mas com poucos quartos, resulta de um desejo pessoal de Roberto Aflalo, que estava à frente do projeto. O arquiteto vivia um momento em que os filhos já tinham se mudado e ele queria deixar a casa ampla, no Morumbi, e morar em um apartamento menor, que pudesse acomodar confortavelmente o mobiliário do imóvel anterior. Curiosamente, os moradores que compraram as outras unidades do São Paulo I tinham um perfil parecido e estavam na mesma fase da vida. Característica marcante do projeto, a varanda triangular da sala de estar foi posicionada na lateral do prédio e, assim, ganhou vista para um terreno que na época da construção estava vazio e, posteriormente, foi transformado no Parque do Povo. Dessa forma, a fachada frontal é um pouco mais fechada do que o convencional e deixa em evidência os tijolos à vista que revestem toda a parte exterior da construção. O material, aliás, foi escolhido por ter um caráter residencial, mas, principalmente, por ser resistente e envelhecer bem com o passar do tempo — uma preocupação constante do escritório. Por isso, também foi aplicado em vários projetos de escala mais intimista da equipe, que incluem outros prédios de apartamentos, pequenos edifícios de escritórios e flats. Os tijolos eram cortados ao meio e aplicados sobre a estrutura de concreto, cumprindo a função de revestimento. Em contraste com o tom terroso da fachada, os caixilhos brancos, que eram bastante usados na década de 1980, garantem uma continuidade harmônica do exterior para o interior dos apartamentos, já que exibem o mesmo tom das paredes internas. Outro ponto marcante é a vegetação presente na fachada, graças às generosas jardineiras instaladas na frente das janelas mais recuadas. Como na época, não havia equipamentos de irrigação na estrutura do prédio, a rega das plantas dependia essencialmente dos moradores.

Colaboradores:
      Ilustração: Neco Stickel, Texto: Nádia Simonelli

Plantas e cortes: download PDF

1984

São Paulo I

moradia

Local: São Paulo, SP
Área do Terreno: 1.000
Área Construída: 3.120
Autores: Gian Carlo Gasperini e Roberto Aflalo

A configuração incomum deste pequeno edifício residencial, localizado no Itaim Bibi, chama a atenção. São apenas sete apartamentos — um por andar —, cada um com 240 m2 e apenas dois dormitórios. A planta espaçosa, mas com poucos quartos, resulta de um desejo pessoal de Roberto Aflalo, que estava à frente do projeto. O arquiteto vivia um momento em que os filhos já tinham se mudado e ele queria deixar a casa ampla, no Morumbi, e morar em um apartamento menor, que pudesse acomodar confortavelmente o mobiliário do imóvel anterior. Curiosamente, os moradores que compraram as outras unidades do São Paulo I tinham um perfil parecido e estavam na mesma fase da vida. Característica marcante do projeto, a varanda triangular da sala de estar foi posicionada na lateral do prédio e, assim, ganhou vista para um terreno que na época da construção estava vazio e, posteriormente, foi transformado no Parque do Povo. Dessa forma, a fachada frontal é um pouco mais fechada do que o convencional e deixa em evidência os tijolos à vista que revestem toda a parte exterior da construção. O material, aliás, foi escolhido por ter um caráter residencial, mas, principalmente, por ser resistente e envelhecer bem com o passar do tempo — uma preocupação constante do escritório. Por isso, também foi aplicado em vários projetos de escala mais intimista da equipe, que incluem outros prédios de apartamentos, pequenos edifícios de escritórios e flats. Os tijolos eram cortados ao meio e aplicados sobre a estrutura de concreto, cumprindo a função de revestimento. Em contraste com o tom terroso da fachada, os caixilhos brancos, que eram bastante usados na década de 1980, garantem uma continuidade harmônica do exterior para o interior dos apartamentos, já que exibem o mesmo tom das paredes internas. Outro ponto marcante é a vegetação presente na fachada, graças às generosas jardineiras instaladas na frente das janelas mais recuadas. Como na época, não havia equipamentos de irrigação na estrutura do prédio, a rega das plantas dependia essencialmente dos moradores.

Colaboradores:
      Ilustração: Neco Stickel, Texto: Nádia Simonelli

Plantas e cortes: download PDF