1953

Vila Elvira

moradia

Local: São Paulo, SP
Área do Terreno: 0m²
Área Construída: 0m²
Autores: Plinio Croce e Roberto Aflalo

Na década de 1950, o bairro de Santo Amaro, na zona sul de São Paulo, ainda era um subúrbio. Para chegar lá, o caminho seguia pela Auto-Estrada de Santo Amaro, ligação feita 30 anos antes entre a região onde hoje se localiza do Parque Ibirapuera e a Ponte do Socorro. Bucólico, o lugar já contava com o Clube Hípico, fundado em 1935, quando Plinio Croce e Roberto Aflalo receberam a encomenda do Banco Lar Hipotecário Brasileiro (grande incorporador da época) para propor na vizinhança um loteamento com 128 casas destinadas à classe média. Atraídas pela ideia de viver mais longe do centro e perto da natureza – e iniciando, involuntariamente, um movimento não-planejado de espraiamento da metrópole – essas famílias se mudaram para residências que insinuavam não só um novo jeito de morar em São Paulo como também adotavam uma arquitetura até então desconhecida desse público-alvo. O desenho bastante horizontal, os muros baixos, as lajes planas com beirais e os caixilhos com vitrôs revelam a influência das Case Study Houses – que ditaram a forma norte-americana de projetar e construir no pós-guerra buscando leveza, simplicidade e baixo custo. Já os detalhes internos de madeira e a distribuição das plantas são característicos das casas-pátio. Ambas as referências constituíam uma significativa quebra de paradigma se lembrarmos que, naquele momento, a linguagem das moradias se referia, normalmente, a uma pesada arquitetura colonial portuguesa. Sempre com três dormitórios, os projetos-padrão apresentavam variações em função da topografia ou da orientação solar. Hoje completamente descaracterizado, o conjunto continha sobrados e casas térreas – uma delas foi, entre 1954 e 1970, o lar da família Aflalo, que contou com a colaboração do arquiteto Rino Levi na concepção do jardim.

Colaboradores:
      Paisagismo: Rino Levi, Texto: Marianne Wenzel

Plantas e cortes: download PDF

1953

Vila Elvira

moradia

Local: São Paulo, SP
Área do Terreno: 0
Área Construída: 0
Autores: Plinio Croce e Roberto Aflalo

Na década de 1950, o bairro de Santo Amaro, na zona sul de São Paulo, ainda era um subúrbio. Para chegar lá, o caminho seguia pela Auto-Estrada de Santo Amaro, ligação feita 30 anos antes entre a região onde hoje se localiza do Parque Ibirapuera e a Ponte do Socorro. Bucólico, o lugar já contava com o Clube Hípico, fundado em 1935, quando Plinio Croce e Roberto Aflalo receberam a encomenda do Banco Lar Hipotecário Brasileiro (grande incorporador da época) para propor na vizinhança um loteamento com 128 casas destinadas à classe média. Atraídas pela ideia de viver mais longe do centro e perto da natureza – e iniciando, involuntariamente, um movimento não-planejado de espraiamento da metrópole – essas famílias se mudaram para residências que insinuavam não só um novo jeito de morar em São Paulo como também adotavam uma arquitetura até então desconhecida desse público-alvo. O desenho bastante horizontal, os muros baixos, as lajes planas com beirais e os caixilhos com vitrôs revelam a influência das Case Study Houses – que ditaram a forma norte-americana de projetar e construir no pós-guerra buscando leveza, simplicidade e baixo custo. Já os detalhes internos de madeira e a distribuição das plantas são característicos das casas-pátio. Ambas as referências constituíam uma significativa quebra de paradigma se lembrarmos que, naquele momento, a linguagem das moradias se referia, normalmente, a uma pesada arquitetura colonial portuguesa. Sempre com três dormitórios, os projetos-padrão apresentavam variações em função da topografia ou da orientação solar. Hoje completamente descaracterizado, o conjunto continha sobrados e casas térreas – uma delas foi, entre 1954 e 1970, o lar da família Aflalo, que contou com a colaboração do arquiteto Rino Levi na concepção do jardim.

Colaboradores:
      Paisagismo: Rino Levi, Texto: Marianne Wenzel

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